Montague Summers, o Conhecedor do Mal.

Alphonsus Joseph-Mary Augustus Montague Summers nasceu em Clifton, Inglaterra, em abril de 1880. Filho mais novo de uma família com sete irmãos (uma coincidência sinistra, não?), os estudos religiosos de Summers começaram na Igreja Anglicana, mas o jovem logo se converteu ao catolicismo. Embora fosse conhecido como "Reverendo Montague Summers", o religioso só foi ordenado padre em 1913, quando já tinha abandonado a Igreja Católica Romana pela Igreja Católica Antiga, uma organização britânica que não é reconhecida pelo Vaticano. Montague Summers era uma figura reconhecidamente excêntrica. Sempre metido em trajes religiosos do século XVIII, sua voz gutural marcava presença em qualquer ambiente. Dono de uma longa cabeleira grisalha, cheio de anéis cravejados de pedras preciosas, Summers chamava a atenção de todos com sua personalidade misteriosa e uma enorme erudição sobre assuntos macabros. Muitas histórias afirmam que, ainda jovem, Montague Summers passara anos e anos estudando Magia Negra... O Reverendo sabia que sua figura sinistra metia medo em muita gente, e até parecia gostar disso! Entretanto, seus amigos mais íntimos garantiam que Summers era uma pessoa amável e generosa. Montague Summers também ganhou bastante fama na sociedade britânica por seus profundos conhecimentos sobre o Teatro Inglês dos séculos XVII e XVIII, tendo publicado diversos livros sobre o assunto. Apesar disso, sua obra mais conhecida continua sendo, até hoje, a tradução para o inglês do "Malleus Maleficarum", um manual alemão de caça às bruxas publicado em 1486. Recheado de recomendações sinistras e muitas técnicas de tortura, o livro era, para Summers, "uma das obras mais importantes e sábias da humanidade". "The History of Withcraft and Vampirology" (1926), "The Vampire: His Kith and His Kin" (1928), "The Vampire in Europe" (1928) e "The Werewolf" (1933) foram outras das obras que garantiram ao Reverendo sua enorme fama de conhecedor do Mal. Uma das passagens mais controversas na biografia de Summers era a sua amizade com Aleister Crowley, o satanista mais famoso de sua época, conhecido como a Besta 666. Amigos em comum afirmam que a admiração entre os dois místicos era recíproca, e mesmo que Crowley foi recebido várias vezes na residência do Reverendo, em Richmond, onde os dois passavam noites conversando imaginem o quê... Montague Summers faleceu em 10 de agosto de 1949, e sua lápide apresenta a inscrição "Tell me strange things" (Conte-me coisas estranhas), frase marcante utilizada pelo Reverendo para dar início às suas conversas. Sempre assustadoras, presumivelmente.
2 Comments:
Quem já leu o Maleus sabe que é uma obre densa e muito complexa. Os idiotas adoram rebaixá-la a um manual de torturas.
Você não se acha um idiota? O que é um idiota pata você?
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